quinta-feira, 26 de março de 2009

Satélites de Comunicação

Gustavo Costa




É provavel que a Coreia do Norte teste, dentro de três ou quatro dias, seu próprio ICBM (Intercontinental Balistic Missiles). Portanto, postei ae para a interatividade da galera uma imagem de satélite que mostra a base de lançamento de Musudan Ri, na Coreia do Norte, onde é o provavel local que o país tenha posicionado para lançamento do Taepodong-2, que pode atingir a America do Norte.
A Coreia do Norte paralisou seu velho reator nuclear e começou a desmantelar a usina atômica de Yongbyon, conforme prevê um acordo multilateral de 2005, que oferece vantagens econômicas e diplomáticas como contrapartida. Apesar do acordo, os norte-coreanos testaram uma arma nuclear em 2006.
O país justifica seus planos com um lancamento de satélite de comunicação. No entanto, os EUA e seus aliados asiáticos dizem que se trata de um teste disfarçado de um míssil de longo alcance, o que viola sanções da ONU por causa de testes anteriores.
O Japão, por meio de sua Força de Auto Defesa, esta preparado para a pior das hipóteses. A lei japonesa autoriza o abate de objetos perigosos que estejam caindo na direção do país, exceto aviões. Porém, é necessária a aprovação do parlamento porque a Constituição pacifista do Japão limita rigidamente as atividades militares.
Se houver aprovação do gabinete japonês, provavelmente até o final de março, Tóquio deve mobilizar interceptadores terra-ar do tipo Patriot Advanced Capability-3, e também o uso de dois destróieres equipados com o sistema de radares Aegis e com os interceptadores Standard Missile-3.
Dentro de poucos dias, veremos o resultado.

sábado, 21 de março de 2009

Crise Financeira – Breve Histórico
Jardiel Nogueira.

Em toda história do capitalismo nota-se períodos de crescimento econômico e períodos de recessão. A atual crise financeira é um dos períodos em que a economia não só americana, país em que a crise se originou, mas também de diversos países entraram ou começaram a enfretar uma queda nos seus indicadores de crescimento . A crise financeira internacional foi desencadeada por diversos fatores que levaram a perdas bilionárias. Alguns economista apontam que esta crise tem dimensões maiores que a de 1929.
Os elementos que permearam esta crise foram: juros baixo, imóveis valorizados, títulos de “subprime”, juros altos e bancos quebrados.
Após o FED baixar as taxas de juros, a ponto de cair cerca de 1% ao ano, menor taxa desde os anos 50, com o objetivo de aumentar o crédito e encorajar empresa e consumidores a gastar, a demanda por imóveis cresceu muito levando à um “boom” no mercado imobiliário. Também cresceu a procura por novas hipoteca, a fim de usar o dinheiro do financiamento para quitar dívidas e consumir. As empresas de hipoteca perceberam que poderiam ganhar ainda mais dinheiro com seus clientes no segmento “subprime”. O segmento “subprime” representa um risco de maior inadimplência que outras linhas de créditos e, pelos riscos serem maiores o retorno também é alto.
As promessas de retornos altos atraiu gestores de fundos e bancos a comprarem títulos “subprimes” de empresas de hipoteca e revender estes títulos a outros investidores, espalhando estes títulos por todo o mercado, tanto interno como internacional, através de atores multinacionais no último caso.
Agora, com o objetivo de combater a inflação o FED sobe os juros enquanto os preços dos imóveis passaram a cair e com que os preços das mensalidades ficassem mais caras. A inadimplência dispara e assim os títulos por essas hipotecas perderam valores.
Além do prejuízo com a inadimplência, os bancos tiveram forte perdas com os títulos. Os bancos com maiores problemas se viram à beira da falência e precisaram de ajuda do governo estadunidense.
Uma variável que tem um efeito multiplicador na crise é a instaurada crise de confiança, na qual os bancos não querem mais emprestar com medo de novos calotes. Com menor dinheiro disponível, diminui o volume de compras o que reduz os lucros das empresas e menos pessoas são contratadas. Sem oferta suficiente de crédito a economia estadunidense desaqueceu.
Com o grande grau de interdependência do sistema econômico mundial, a crise gerada nos Estados Unidos, principal ator econômico do mundo, se dissemina em todos os países do mundo, em maior ou menor medida.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Gaza live

Gustavo Costa
Alguns dias após a represaria israelense sobre o Hamas, na faixa de gaza podemos contabilizar muitos mortos palestinos e poucos israelenses. Isso demonstra a preocupante desproporcionalidade de forças empregadas neste conflito. Israel com armamentos importados dos EUA tem um dos exércitos mais preparados do mundo. Por outro lado, a Faixa de Gaza sofre um bloqueio imposto por Israel que limita a quantidade de combustíveis, alimentos e ajuda humanitária que chegam à região. Armamentos usados pelo Hamas, foguetes de fabricação soviética, da década de 60 que possuem um raio de ação de 25 quilômetros e famosos fuzis ak- 47 que vêem de países como Síria, Líbia, Irã e de ligações do Hamas com organizações terroristas.
A origem da disputa entre palestinos e israelenses é bíblica, e somente analisaremos os impactos da atual represaria israelense sobre a Faixa de Gaza.
No dia 19 de junho de 2008 foi assinado um cessar fogo entre Israel e o Hamas intermediado pelo Egito. O primeiro confronto armado na região desde o cessar fogo ocorreu em quatro de novembro onde Israel em um ataque aéreo na Faixa de Gaza matou cinco guerrilheiros e em uma ação por terra matou um outro militante do Hamas. Na ocasião, uma porta-voz do Exército israelense confirmou o ataque aéreo, dizendo que o míssil tinha como alvo militantes que haviam disparado morteiros contra forças israelenses que operava em outra parte da Faixa de Gaza. Neste ponto se estabelece uma situação um pouco obscura para identificarmos possíveis culpados pela quebra do cessar fogo. Após alguns morteiros para um lado e ofensivas aéreas para o outro, Israel, no dia 30 de novembro aprova a libertação de 250 prisioneiros símbolos da resistência palestina em uma tentativa de dar apoio ao presidente palestino Mahmoud Abbas em sua disputa com o Hamas, que controla a Faixa de Gaza. Apesar da continuidade do conflito, o cessar fogo foi encerrado oficialmente dentro do prazo no dia 19 de dezembro sem expectativas para renovação. Com o aumento das hostilidades de ambas as partes, Israel segue com uma seqüência de ataques aéreos e mobilização de tropas. No dia 4 de janeiro de 2009 Israel inicia a ofensiva terrestre. Neste ponto, a disparidade de forças citada no início do texto diminuiu, pois em um combate próximo e urbano como pretendido pelo Hamas dificulta as ações israelenses. Analistas internacionais apontam certa semelhança desta ofensiva israelense contra Gaza com a fracassada ofensiva contra o Hezbollah no Líbano em 2006.
A instabilidade política da região pode levar a desdobramentos que poderiam envolver o Irã, que há meses atrás realizou testes com mísseis intercontinentais capazes de atingir a região. Esforços diplomáticos devem ser aplicados perante este conflito para que se possa restabelecer um novo cessar fogo. Alguns países surgem como potenciais mediadores de um novo cessar fogo. A Turquia intermediou tentativas indiretas pela paz entre Israel e Síria relacionados às Colinas de Gola, território sírio ocupado por Israel. As ações da Liga Árabe, no entanto, não são tão efetivas. Existe um receio por parte de estados laicos que integram a Liga com relação a grupos extremistas como o Hamas que podem influenciar organizações semelhantes e desestabilizar seus próprios países. Entretanto, o último acordo de cessar fogo foi obtido por um desses estados, o Egito, e que pode intermediar novamente um novo cessar fogo. Paris também realiza esforços diplomáticos para intermediar o conflito, mas acredito ser pouco provável. Sarkozy age como se estivesse presidindo a União Européia, mas seu mandado terminou junto com o ano que se passou.
De acordo com o embaixador da Autoridade Nacional Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben disse que “Somos (os palestinos) vítimas de um genocídio com objetivos eleitorais”. As eleições em Israel estão marcadas para 10 de fevereiro o que gera dúvidas se a ofensiva israelense atende a interesses eleitorais ou não.
Acredito que as hostilidades devem prosseguir até a posse do novo presidente dos Estados Unidos, Barack Hussein Obama, esperança de um mundo diferente e, em minha opinião, a pessoa mais adequada para negociar novo cessar fogo. Nesse momento sua comissão de política externa já esboça planos em uma nova agenda de segurança para a região. Vale ressaltar que a paz na região não depende de cessar fogo e sim da efetivação de um estado Palestino. Esta é a razão pela qual a ONU não foi citada
nesse artigo.

Confira esse vídeo animado sobre as aventuras de um garoto palestino na faixa de gaza: (Ao clicar vc será levado ao site oficial da animação)
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