sexta-feira, 21 de maio de 2010

Creditos: El Comercio. Equador

20/05/2010 Hace diez años, muchos pensaban que el candidato presidencial del Partido de los Trabajadores (PT) del Brasil, estaba condenado a sucesivas derrotas, que nunca llegaría al poder. En realidad, perdió varias elecciones antes de ganar la presidencia. Y cuando lo hizo, una legión de analistas políticos predijo su fracaso, ya que preveían que un intento de gobierno socialista en la realidad brasileña era imposible.

Luiz Inácio Lula da Silva inició su vida como tornero y dirigente sindical. Combinó la actividad gremial con el compromiso político y siempre militó en la izquierda. Fue uno de los fundadores del PT y su gran promotor. Desde sus primeros años fue su figura indiscutible, sobre todo porque propició la unidad interna. El PT, como es sabido, no es un partido propiamente dicho, sino una amplia alianza de varias fuerzas políticas de izquierda y organizaciones sociales que se mueven en un espacio legal común respetando sus diferencias. En ese caso, los esfuerzos unitarios son todavía más necesarios para la supervivencia del proyecto.

En sus dos períodos de gobierno, desde el 1 de enero del 2003, Lula llevó adelante un proyecto de modernización e incorporación social. En muchos sentidos fue continuidad de administraciones anteriores, pero su enorme esfuerzo de redistribución ha marcado una inmensa diferencia. Como cuarenta millones de brasileños han sido incorporados a la vida económica formal del país. Una importante proporción de gente que vivía en pobreza extrema ha mejorado sustancialmente su situación. Un ejemplo concreto: todo niño tiene su dosis diaria de leche y la escolaridad se ha elevado notoriamente.

Todo eso se ha dado en el marco de un modelo capitalista de sociedad y de estado. Pero haber mantenido ciertas políticas monetarias y fiscales no es motivo para calificar al gobierno como “neoliberal”. En realidad, con su radical lucha contra la pobreza, hay una genuina postura socialista en la acción de Lula. Y no debemos olvidar que todo su proyecto político se ha desenvuelto en el marco de la afirmación de la democracia y el Estado de Derecho.

Al fin de sus dos mandatos, Lula es una figura indiscutible del Tercer Mundo y el protagonista del ascenso de Brasil a potencia mundial. Recibe homenajes en varios países. Los gobernantes de las grandes potencias lo reciben en sus reuniones. Acreditadas publicaciones como Le Monde lo designan “hombre del año”.

Lula es un ejemplo vivo de que un camino alternativo al neoliberalismo es posible. Luego de que los regímenes de derecha devastaron América Latina, de que crecieron la pobreza y la inequidad social, con el argumento de que esa era la única vía, el gobierno del PT logró demostrar que los socialistas pueden gobernar con éxito, que son una posibilidad eficiente para el siglo XXI.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Satélites de Comunicação

Gustavo Costa




É provavel que a Coreia do Norte teste, dentro de três ou quatro dias, seu próprio ICBM (Intercontinental Balistic Missiles). Portanto, postei ae para a interatividade da galera uma imagem de satélite que mostra a base de lançamento de Musudan Ri, na Coreia do Norte, onde é o provavel local que o país tenha posicionado para lançamento do Taepodong-2, que pode atingir a America do Norte.
A Coreia do Norte paralisou seu velho reator nuclear e começou a desmantelar a usina atômica de Yongbyon, conforme prevê um acordo multilateral de 2005, que oferece vantagens econômicas e diplomáticas como contrapartida. Apesar do acordo, os norte-coreanos testaram uma arma nuclear em 2006.
O país justifica seus planos com um lancamento de satélite de comunicação. No entanto, os EUA e seus aliados asiáticos dizem que se trata de um teste disfarçado de um míssil de longo alcance, o que viola sanções da ONU por causa de testes anteriores.
O Japão, por meio de sua Força de Auto Defesa, esta preparado para a pior das hipóteses. A lei japonesa autoriza o abate de objetos perigosos que estejam caindo na direção do país, exceto aviões. Porém, é necessária a aprovação do parlamento porque a Constituição pacifista do Japão limita rigidamente as atividades militares.
Se houver aprovação do gabinete japonês, provavelmente até o final de março, Tóquio deve mobilizar interceptadores terra-ar do tipo Patriot Advanced Capability-3, e também o uso de dois destróieres equipados com o sistema de radares Aegis e com os interceptadores Standard Missile-3.
Dentro de poucos dias, veremos o resultado.

sábado, 21 de março de 2009

Crise Financeira – Breve Histórico
Jardiel Nogueira.

Em toda história do capitalismo nota-se períodos de crescimento econômico e períodos de recessão. A atual crise financeira é um dos períodos em que a economia não só americana, país em que a crise se originou, mas também de diversos países entraram ou começaram a enfretar uma queda nos seus indicadores de crescimento . A crise financeira internacional foi desencadeada por diversos fatores que levaram a perdas bilionárias. Alguns economista apontam que esta crise tem dimensões maiores que a de 1929.
Os elementos que permearam esta crise foram: juros baixo, imóveis valorizados, títulos de “subprime”, juros altos e bancos quebrados.
Após o FED baixar as taxas de juros, a ponto de cair cerca de 1% ao ano, menor taxa desde os anos 50, com o objetivo de aumentar o crédito e encorajar empresa e consumidores a gastar, a demanda por imóveis cresceu muito levando à um “boom” no mercado imobiliário. Também cresceu a procura por novas hipoteca, a fim de usar o dinheiro do financiamento para quitar dívidas e consumir. As empresas de hipoteca perceberam que poderiam ganhar ainda mais dinheiro com seus clientes no segmento “subprime”. O segmento “subprime” representa um risco de maior inadimplência que outras linhas de créditos e, pelos riscos serem maiores o retorno também é alto.
As promessas de retornos altos atraiu gestores de fundos e bancos a comprarem títulos “subprimes” de empresas de hipoteca e revender estes títulos a outros investidores, espalhando estes títulos por todo o mercado, tanto interno como internacional, através de atores multinacionais no último caso.
Agora, com o objetivo de combater a inflação o FED sobe os juros enquanto os preços dos imóveis passaram a cair e com que os preços das mensalidades ficassem mais caras. A inadimplência dispara e assim os títulos por essas hipotecas perderam valores.
Além do prejuízo com a inadimplência, os bancos tiveram forte perdas com os títulos. Os bancos com maiores problemas se viram à beira da falência e precisaram de ajuda do governo estadunidense.
Uma variável que tem um efeito multiplicador na crise é a instaurada crise de confiança, na qual os bancos não querem mais emprestar com medo de novos calotes. Com menor dinheiro disponível, diminui o volume de compras o que reduz os lucros das empresas e menos pessoas são contratadas. Sem oferta suficiente de crédito a economia estadunidense desaqueceu.
Com o grande grau de interdependência do sistema econômico mundial, a crise gerada nos Estados Unidos, principal ator econômico do mundo, se dissemina em todos os países do mundo, em maior ou menor medida.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Gaza live

Gustavo Costa
Alguns dias após a represaria israelense sobre o Hamas, na faixa de gaza podemos contabilizar muitos mortos palestinos e poucos israelenses. Isso demonstra a preocupante desproporcionalidade de forças empregadas neste conflito. Israel com armamentos importados dos EUA tem um dos exércitos mais preparados do mundo. Por outro lado, a Faixa de Gaza sofre um bloqueio imposto por Israel que limita a quantidade de combustíveis, alimentos e ajuda humanitária que chegam à região. Armamentos usados pelo Hamas, foguetes de fabricação soviética, da década de 60 que possuem um raio de ação de 25 quilômetros e famosos fuzis ak- 47 que vêem de países como Síria, Líbia, Irã e de ligações do Hamas com organizações terroristas.
A origem da disputa entre palestinos e israelenses é bíblica, e somente analisaremos os impactos da atual represaria israelense sobre a Faixa de Gaza.
No dia 19 de junho de 2008 foi assinado um cessar fogo entre Israel e o Hamas intermediado pelo Egito. O primeiro confronto armado na região desde o cessar fogo ocorreu em quatro de novembro onde Israel em um ataque aéreo na Faixa de Gaza matou cinco guerrilheiros e em uma ação por terra matou um outro militante do Hamas. Na ocasião, uma porta-voz do Exército israelense confirmou o ataque aéreo, dizendo que o míssil tinha como alvo militantes que haviam disparado morteiros contra forças israelenses que operava em outra parte da Faixa de Gaza. Neste ponto se estabelece uma situação um pouco obscura para identificarmos possíveis culpados pela quebra do cessar fogo. Após alguns morteiros para um lado e ofensivas aéreas para o outro, Israel, no dia 30 de novembro aprova a libertação de 250 prisioneiros símbolos da resistência palestina em uma tentativa de dar apoio ao presidente palestino Mahmoud Abbas em sua disputa com o Hamas, que controla a Faixa de Gaza. Apesar da continuidade do conflito, o cessar fogo foi encerrado oficialmente dentro do prazo no dia 19 de dezembro sem expectativas para renovação. Com o aumento das hostilidades de ambas as partes, Israel segue com uma seqüência de ataques aéreos e mobilização de tropas. No dia 4 de janeiro de 2009 Israel inicia a ofensiva terrestre. Neste ponto, a disparidade de forças citada no início do texto diminuiu, pois em um combate próximo e urbano como pretendido pelo Hamas dificulta as ações israelenses. Analistas internacionais apontam certa semelhança desta ofensiva israelense contra Gaza com a fracassada ofensiva contra o Hezbollah no Líbano em 2006.
A instabilidade política da região pode levar a desdobramentos que poderiam envolver o Irã, que há meses atrás realizou testes com mísseis intercontinentais capazes de atingir a região. Esforços diplomáticos devem ser aplicados perante este conflito para que se possa restabelecer um novo cessar fogo. Alguns países surgem como potenciais mediadores de um novo cessar fogo. A Turquia intermediou tentativas indiretas pela paz entre Israel e Síria relacionados às Colinas de Gola, território sírio ocupado por Israel. As ações da Liga Árabe, no entanto, não são tão efetivas. Existe um receio por parte de estados laicos que integram a Liga com relação a grupos extremistas como o Hamas que podem influenciar organizações semelhantes e desestabilizar seus próprios países. Entretanto, o último acordo de cessar fogo foi obtido por um desses estados, o Egito, e que pode intermediar novamente um novo cessar fogo. Paris também realiza esforços diplomáticos para intermediar o conflito, mas acredito ser pouco provável. Sarkozy age como se estivesse presidindo a União Européia, mas seu mandado terminou junto com o ano que se passou.
De acordo com o embaixador da Autoridade Nacional Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben disse que “Somos (os palestinos) vítimas de um genocídio com objetivos eleitorais”. As eleições em Israel estão marcadas para 10 de fevereiro o que gera dúvidas se a ofensiva israelense atende a interesses eleitorais ou não.
Acredito que as hostilidades devem prosseguir até a posse do novo presidente dos Estados Unidos, Barack Hussein Obama, esperança de um mundo diferente e, em minha opinião, a pessoa mais adequada para negociar novo cessar fogo. Nesse momento sua comissão de política externa já esboça planos em uma nova agenda de segurança para a região. Vale ressaltar que a paz na região não depende de cessar fogo e sim da efetivação de um estado Palestino. Esta é a razão pela qual a ONU não foi citada
nesse artigo.

Confira esse vídeo animado sobre as aventuras de um garoto palestino na faixa de gaza: (Ao clicar vc será levado ao site oficial da animação)
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terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Agenda Diplomatica Japonesa

Gustavo Costa


Após a II Guerra o Japão tornou-se um país derrotado, ocupado, com a economia quebrada. Em dez anos entrou em um processo de recuperação e com mais dez anos já era potência industrial. Hoje é a segunda maior economia mundial. Essas condições o levou a ser “um gigante econômico”, mas sua restrita atuação política o levou a ser um “anão político”.
A partir da década de 1950 se aproxima dos vizinhos asiáticos inclusive da China, e busca maior inserção econômica mundial. Ingressa em várias organizações como o FMI, GATT (OMC), OCDE, UNTAD e inicia um programa de assistência econômica a diversos países em desenvolvimento. Guiados pelo livre comércio, aproximou-se de países socialistas, gerando uma reação contraria dos E.U.A. Com a Guerra do Golfo, o governo japonês impôs sanções ao Iraque na ordem de13 bilhões de dólares, contribuição nunca reconhecida pelos aliados (em particular, os E.U.A).
O Japão sempre teve cautela para ingressar nas áreas de livre comércio (ALC) e conclui um acordo com a Cingapura e, em 2004, com o México. Participa ativamente da ODA (Official Development Assistence) como importante mecanismo de política externa e de inserção internacional. Em 1989, o Japão tornou-se o maior doador internacional superando os E.U.A.
Em 1974, foi fundada a Japan International Cooperation Agency (JICA) com o propósito geral de capacitar países em desenvolvimento para promover seu próprio desenvolvimento. A JICA apóia diversos programas como o combate à AIDS e apoio a reconstrução de países como o Afeganistão, Iraque, Timor Leste.
Partindo da idéia de que consumidores de produtos culturais em um determinado país passam a se identificar com o povo e a cultura do país de origem do produto, a diplomacia cultural japonesa busca difundir sua tradição e cultura. Esse processo ocorre a partir do conceito de Joseph Nye de Soft Power, que significa a habilidade de um país (A) convencer outro país (B) a agir em seu beneficio (de A) por meio de apelos culturais e não pelo uso de Hard Power, que envolve meios coercitivos, inclusive o poder militar.
A Diplomacia cultural do Japão tem sido conduzida através da Japan Foundation e do Japan Arts Council que tem por objetivo a difusão das tradicionais artes e cultura do Japão, além da difusão do idioma nipônico.
A inserção política japonesa é baseada, de acordo com o autor, na política de desarmamento e Não-proliferação de armamentos de destruição em massa. Esses são importantes pilares da política externa. Essa preocupação gira em torno de quatro eixos interligados: (1) terrorismo nuclear, (2) surgimento de novos países nucleares e conflitos regionais, (3) controle exercido pelas cinco potencias nucleares (Estados Unidos, Inglaterra, Rússia, França e China) e (4) a possibilidade de colapso do Tratado de Não-Proliferação de armas nucleares (TNP). O Japão teve ainda uma participação destacada na Convenção de Ottawa (Tratado para Eliminação de Minas).
Em 1956, quando restabelece relações diplomáticas com a União Soviética, o Japão ingressa na ONU. Desde então, houve grande apreensão por parte do governo sobre a possibilidade de vir a ser convocado a participar de atividades militares sob a bandeira da ONU, já que o país não poderia engajar-se em atividades militares, de acordo com Constituição (Art. 9).
Em 1992, o governo japonês aprovou a Lei de Missões de Paz (PKO law) que permite o país a enviar, pela primeira vez, contingentes da Forca de Auto-Defesa (FAD) para participar de Missão de Paz no Camboja. Posteriormente, esteve em Moçambique, Timor-Leste, entre outros e, em 2003, um contingente da FAD foi enviado ao Iraque.
O Japão sempre manteve suas pretenções no Conselho de Segurança da ONU, na necessidade de reforma da Carta e do processo de tomada de decisão. O Japão integra o G-4 (junto de Brasil, Alemanha e Índia) que aspiram uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Durante as ultimas cinco décadas, o Japão buscou combinar crescimento econômico com desenvolvimento social e político, e preservar sua identidade cultural. Esse processo permitiu a consolidação democrática, ainda com características próprias. O Partido Liberal Democrático (PDL), da direita conservadora que esta no poder desde 1955 (com exceção de dez meses), mesmo criticada por práticas de corrupção. O Japão ainda, faz parte de um grupo de países (20 membros da OCDE) que exibem alto índice de desigualdade de renda.
Apesar do esforço japonês para promoção da paz e desenvolvimento no mundo, o Japão é visto com desconfiança e hostilidade por seus vizinhos como a China, Coréia do Sul e Coréia do Norte. Publicações de livros didáticos que omitiam episódios de opressão atribuídos à ocupação japonesa na Coréia (1910) e na Manchúria (1930), além de disputas territoriais que tornam pouco provável um acento permanente para os japoneses no Conselho de Segurança da ONU
Portanto, apesar dos esforços da diplomacia econômica ao longo das ultimas décadas, a política externa japonesa é hoje determinada mais pelo poder militar do que pela economia. A campanha para conquistar um acento permanente no Conselho de Segurança é a principal iniciativa de uma presença maior no cenário internacional. Mas o principal obstáculo é a China e a Coréia do Sul. Uma maior inserção diplomática do Japão dependeria do sucesso em obstáculos internos e regionais.